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segunda-feira, setembro 21, 2009

21 de Setembro é o Dia da Árvore!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Plantar uma só árvore pode fazer alguma diferença para o planeta? Sim. Ainda que uma muda de árvore pareça pequena demais para isso, ela pode virar uma grande árvore e render frutos - tanto no sentido literal quanto em forma de benefícios para o meio ambiente. Bom, eu já plantei uma, a moringa oleífera, mas sempre que posso estou fazendo mudinhas. Tenho agora uma mudinha pequenina de tangerina que logo irá para casa da minha sogra.
As florestas abrigam 90% das espécies terrestres, e suas árvores têm um importante papel na manutenção dos ecossistemas: conservam solos e água, controlam avalanches e protegem áreas de erosão. Nas grandes cidades, as árvores ainda contribuem para a melhoria da qualidade do ar, do solo e das temperaturas, amenizando as ilhas de calor formadas pelas construções e pela poluição.

AQUI, você encontra várias informações sobre eventos que estão acontecendo sobre esse assunto.

terça-feira, julho 14, 2009

Alimentação mais colorida...

Desde que meu filhote começou a nadar todos os dias ele passou a ter um acompanhamento nutricional. Isso foi muito bom para todos nós. Apesar de só ele ir as consultas com a nutricionista, acaba incluindo a todos. Eu, particulamente adorei. Era muito difícil ele comer, frutas (comia só morango ou banana), legumes (só batata e cenoura), carne só vermelha. Bolo uma vez ou outra comia bolo caseiro. Tudo muito industrializado. Sei que eu sou responsável, pois eu que comprava. Agora, com o objetivo de diminuir o tempo dele nas provas, passou a comer bem melhor. Agora são frutas com cereais, mel, legumes, nada de refrigerantes, menos doce ....
Pesquisando descobri um site muito bacana, o 5 ao dia é um programa para lembrar você de comer, no mínimo, 5 porções de frutas ou hortaliças, todos os dias. Achei uma tabela maravilhosa, que vou imprimir e colocar na porta da geladeira e facilitar na hora da feira!


Acerola, Cebola Vermelha, Cereja, Ciriguela, Goiaba Vermelha, Grapefruit, Maçã, Melancia, Morango, Pêra Vermelha, Pimenta, Pimentão Vermelho, Rabanete, Romã, Tomate e Uva Vermelha


Abacaxi, Abóbora, Abiu, Ameixa Amarela, Batata Baroa, Batata Doce, Batata Inglesa, Caju, Carambola, Caqui, Cenoura, Damasco, Gengibre, Kino, Laranja, Mamão, Manga, Maracujá, Mexerica, Moranga, Melão, Milho, Nectarina, Pêssego, Pimentão Amarelo, Sapoti e Tangerina.


Alcachofra, Almeirão Roxo, Alface Roxa, Alho Roxo, Ameixa Preta, Amora, Azeitona Preta, Batata Roxa, Berinjela, Beterraba, Cebola Roxa, Figo Roxo, Framboesa, Jaboticaba, Jamelão, Lichia, Mirtilo, Repolho Roxo e Uva Roxa.


Abacate, Abobrinha Verde, Acelga, Almeirão, Alface, Azeitona Verde, Brócolis, Cebolinha, Coentro, Couve, Couve Chinesa, Couve de Bruxelas, Chuchu, Ervilha, Jiló, Kiwi, Limão, Maxixe, Mostarda, Pepino, Pimentão Verde, Quiabo, Repolho, Salsa, Uva Verde e Vagem.



Aipim, Aipo, Alho, Alho-Poró, Atemoya, Aspargo, Banana, Batata Baroa Branca, Cará, Cebola, Cogumelo, Couve-Flor, Endívia, Graviola, Inhame, Mangostin, Nabo, Pêra e Pinha.


Fontes de carotenóides, que são precursores da vitamina A. Bom para o coração e para a memória, previnem o câncer e fortalecem olhos e pele.O licopeno, fitoquímico encontrado em alguns alimentos deste grupo, ajuda na prevenção do câncer de próstata.

Assim como os Vermelhos, alimentos da cor Laranja são fontes de caratenóides. Ricos também em vitamina C, que é um antioxidante fundamental para a proteção das celulas. Ajudam a manter a saúde do coração, da visão e do sistema imunológico.

Contém niacina (vitamina do Complexo B), minerais, potássio e também vitamina C.
Mantém a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo e retardam o envelhecimento. Grande parte dos alimentos deste grupo possuem ainda um poderoso antioxidante que previne doenças cardíacas.

Ricos em cálcio, fósforo e ferro. Promovem o crescimento e ajudam na coagulação do sangue, evitam a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue, além de foratalecer ossos e dentes.

Nos alimentos de cor Branca encontramos as vitaminas do complexo B e os flavonóides, que atuam na proteção das células. Auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem o aparecimento de coágulos na circulação.
AQUI você encontra ela perfeitinha!!!

terça-feira, julho 07, 2009

Receitinhas .....

Ando testando algumas receitinhas básicas mais saudáveis e essas estão aprovadissímas!!!!



BOLO LEVE DE LARANJA

- 1 xícara de suco de laranja fresco (natural)

- 3 gemas

- 1 xícara de açúcar

- 2 xícaras de farinha de trigo

- 1colher de sopa de fermento em pó

- 3 claras em neve

Modo de preparo:

Bater o suco de laranja com as gemas e o açúcar. Misturar a farinha de trigo, o fermento e por último as claras em neve. Levar ao forno para assar em forma levemente untada com óleo (pouco) e polvilhada com farinha.

Opção: untar a forma com calda de açúcar queimado e colocar por cima rodelas de abacaxi, maçã ou banana fatiadas.


Muffins de chocolate
Ingredientes

1 xícara (chá) de farinha de trigo

1/2 xícara (chá) de chocolate em pó

1/2 xícara (chá) de açúcar

3 colheres (sopa) de manteiga

2 ovos

150 ml de leite

1 colher (sopa) de fermento

100 g de chocolate meio amargo picado

Como fazer

Pré-aqueça o forno a 180ºC.Separe as claras das gemas e bata as gemas, o açúcar e a manteiga na batedeira até a mistura estar esbranquiçada. Acrescente a farinha e o leite, alternadamente. Junte o chocolate em pó e continue batendo. Pare de bater, acrescente o chocolate picado e o fermento e misture delicadamente. Bata as claras em neve bem firme, junte à massa e misture delicadamente. Distribua a massa nas forminhas e leve ao forno por aproximadamente 25 minutos. Verifique o ponto dos muffins espetando um palito. Se sair limpo, estão prontos.



sexta-feira, maio 22, 2009

Curso de Extensão - CECIERJ

Amanhã (23/05) tem avaliação presencial dos cursos de extensão do CECIERJ. Nunca tinha feito curso on-line e gostei bastante. É gratuito, possui material didático, fórum para tirar dúvidas e certificado no final do curso. As inscrições estáo abertas para novas turmas. Basta acessar o link e conferir se você preenche os pré-requisitos ou entre em contato por telefone. 




Informações sobre cursos de Extensão:

0800 282 3939
Para os cursos de:
Informática e Matemática - tecle 2
Biologia e Educação em Ciências - tecle 3
Física e Gestão, Auditoria e TIC - tecle 6
Química e Geografia - tecle 5

Ou você tem a opção de:
21. 2334-1595 = Informática e Matemática
21. 2334-1596 = Biologia e Educação em Ciência
21. 2334-1597 = Física e Governança
21. 2334-1592 = Química e Geografia

terça-feira, abril 21, 2009

Hoje comemora-se Dia do Tiradentes...Amanhã dia do Planeta Terra!!!


Atualmente, Tiradentes é lembrado como símbolo de liberdade e, em sua homenagem, o dia 21 de abril é considerado feriado nacional. Segundo o Padre Inácio Nogueira, contemporâneo e amigo de Tiradentes, "O único crime que tinha era amar a pátria e querer vê-la livre do despotismo das metrópoles". Há um tom e um ritmo de ritual religioso no trágico desfecho da Inconfidência Mineira, dominado pela prisão, julgamento e morte de Tiradentes. O martírio de um homem simples e corajoso, que oferece sua vida pela emancipação de seus irmãos oprimidos, adquire irresistivelmente a dimensão e a densidade da verdadeira fé (para saber mais clique AQUI).





E amanhã no dia 22 de abril comemora-se o dia do Planeta Terra, iniciativa que pretende despertar a consciência na população de todo o mundo sobre maneiras de colaborar na preservação do meio ambiente através de simples medidas cotidianas.



Já que o tempo não tá lá grandes coisas para sair, aproveite para colorir com as crianças !!!!


Ou para reciclar com essas ideias criativas:
Uma caixa de leite, ou de suco pode virar um alimentador de pássaros, olha só!
Bem fácil, não!?

Outra ideia é aproveitar as caixas de cereais, encapando com um papel bem bonito e transformá-la em porta-revistas, assim:
Gostou ? AQUI, tem muito mais ideias para reciclar e transformar muito do que iria para o lixo em coisas úteis para nossa casa.






sábado, fevereiro 28, 2009

Aniversário do Rio de Janeiro # 1º de Março


Breve histórico....

"No 1º Congresso de História Nacional, realizado no Rio de Janeiro, em 1914, o Dr. Morales de los Rios apresentou uma sugestiva tese quanto à sua origem. O nome não teria uma razão geográfica ligada à descoberta da terra, mas seria formado a partir da palavra indígena Guanabara, que significava água penetrante, rio largo, enseada, baía.

Os franceses, que teriam conhecido a região entre as viagens de Fernão de Magalhães e Martin Afonso de Sousa, no decênio de 1520, provavelmente deturparam a palavra para Geneur bára.
Os autores latinos do início do século 16 teriam traduzido por Flumen Geneure, surgindo a tradução francesa Rio de Geneure, raiz da expressão portuguesa que confundiu Geneure com o primeiro mês do ano.
A tese não satisfaz porque carece de base convincente, não tendo dados de história e cartografia que a possam ilustrar; e na evolução filológica não se pode mostrar com clareza a transição", segundo Joaquim Veríssimo Serrão.


Fundação da Cidade do Rio de Janeiro


No dia 1º de março foi iniciada a edificação da cerca que colocaria os portugueses ao abrigo do ataque dos Tamoios.
À pequena cerca deu Estácio de Sá o nome de São Sebastião, em lembrança do patrono do Rei de Portugal sob cujo signo se erguia a nova cidade. A 6 de março foram atacados pelos índios no comando de Ambiré, inimigo dos portugueses e alcançaram sua primeira vitória, embora parecesse que havia cem índios para cada português. Quatro dias depois, avistaram uma nau francesa no fundo da Baía e, enquanto lhe davam combate, o arraial foi atacado por quarenta e oito canoas dos Tamoios. O capitão conseguiu vencer os índios e levar os franceses à rendição no dia 13 de março.
O primeiro mês de vida do arraial foi de extrema dificuldade para os homens de Estácio de Sá.
Além dos ataques dos índios chovia abundantemente. As provisões esgotavam-se e houve mesmo fome. O ânimo dos moradores começava a esmorecer e o Capitão-mor não cansava de lhes incutir confiança, trabalhando de dia e de noite.
Não se tem notícias de cartas trocadas entre o Rio de Janeiro, o Reino e o Governador, pedindo tropas de socorro. Mas quando Anchieta esteve na Bahia, em julho, deve ter apresentado ao Governador a situação em que se encontravam os moradores do Rio de Janeiro.
Nos fins de 1565, preparava-se em Lisboa uma armada para enviar ao Brasil. A largada deu-se em maio seguinte, com o comando de Cristóvão de Barros. Na expedição estava também o novo Ouvidor Geral, Fernão da Silva, que vinha substituir Brás Fragoso. Mem de Sá também deveria seguir para o Rio com a frota, quando aportasse na Bahia. Naquela época, os franceses eram senhores de fortificações junto ao mar e no sertão.
Na frota, o Regente D. Henrique enviara duas cartas mandando lançar o hábito de Cristo a Mem de Sá e ao sobrinho Estácio, em recompensa pelos serviços prestados à Coroa Portuguesa.
A Corte não poderia estimar, nesta época, a magnitude da obra erguida no Rio de Janeiro, graças a Estácio de Sá, por isto o considerava sem os títulos e qualidade que merecia.
A frota de socorro chegou a Salvador em 24 de agosto, onde permaneceu alguns meses, juntando mais dois navios e seis caravelas.
No outono de 1566 faziam-se os últimos preparativos para a partida ao Sul.
Na Guanabara não cessavam os ataques à Vila de São Sebastião. O índio Guaraxá, em 9 de julho de 1566, fizera um violento ataque ao arraial. O Capitão-mor atirou-se contra o inimigo, desbaratando o temível Guaraxá.
Estácio de Sá preocupava-se com os aspectos importantes da vida de sua pequena comunidade, formada de homens de formação social diferentes, muitos excelentes guerreiros mas marcados por taras sociais. Era difícil passar o tempo numa língua de terra onde se vivia o constante receio de um ataque inimigo, sem outro pensamento que não a incerteza do dia seguinte.
De acordo com Joaquim Veríssimo Serrão, "o Capitão-mor nomeou Pedro Martins Namorado para o cargo de Juiz Ordinário; a Câmara local foi representada a 24 de julho de 1565 por João Prosse; Pedro da Costa era o Tabelião; Francisco Dias Pinto era o Alcaide-mor da Vila de São Sebastião, tendo sido empossado em 13 de setembro de 1566; João Luís do Campo foi nomeado escrivão e Pero da Costa, Tabelião das Notas".

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Guia da Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa



O que muda e o que não muda na nova ortografia da Língua Portuguesa


Ano novo, regras ortográficas novas. Preocupada com as adequações que serão necessárias em função da unificação ortográfica, procurei diversos exemplos da nova ortografia da Língua Portuguesa. O guia abaixo foi publicado pelo dicionário online Michaelis no portal UOL.
A dica é que você busque compreender e descobrir uma regra a cada dia e não tentar aprender todas ao mesmo tempo.


Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.

Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.
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Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
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Trema: USO TOTALMENTE ABOLIDO

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
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Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia


Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura


Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo


4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.


Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
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Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção:
- Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.

- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, ne vogal: circum-navegação, pan-americano etc.


7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.

O diretor recebeu os ex-

-alunos.
Resumo do emprego do
hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.

Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
- Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante:
- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações:
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, ne vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.

3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.

5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.

6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

Fonte: http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.html

quarta-feira, outubro 08, 2008

Amazônia



Aos deputados e senadores:

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para todas as florestas brasileiras e, em especial, a amazônica. O PL 6424/2005, conhecido com Floresta Zero, reduz a reserva legal da região para 50% e ainda permite compensar, em outros locais, qualquer desmatamento que vá além desse limite.

O Brasil demorou 450 anos para botar no chão praticamente uma floresta inteira, a Mata Atlântica, que se espalhava em 1 milhão de quilômetros quadrados entre o Paraná e o Rio Grande do Norte. Infelizmente, parece que não aprendemos nada dessa lição. A velocidade de destruição da Amazônia é quase dez vezes maior. Em pouco menos de 40 anos, já perdemos para sempre mais de 700 mil quilômetros quadrados de Amazônia – o equivalente a quase três estados de São Paulo. Se o Floresta Zero passar no Congresso, a devastação assumirá um ritmo ainda mais avassalador.

O Floresta Zero incentiva a derrubada da floresta e inocenta milhares de crimes ambientais. A Amazônia ocupa 5% do solo do planeta e abriga a maior biodiversidade do mundo. Somos hoje o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Cerca de 70% de nossas emissões são decorrentes do desmatamento e das queimadas.

Destruir a Amazônia provoca um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. Para os mais de 22 milhões de brasileiros que habitam a Amazônia, o desmatamento nunca trouxe desenvolvimento social. Cerca de 85% dos casos de trabalho escravo do país ocorrem nas áreas desmatadas da Amazônia.

Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas para mais destruição. A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento de nossas florestas, em especial a Amazônia. Seja a favor da floresta. Diga não ao PL 6424/2005.



Fonte: Greenpeace

sábado, julho 26, 2008

Hoje é Dia da Avó!!!!!

Como não tenho mais avós, fica só a saudade e as lembranças dos carinhos e chamegos que só os avós sabem fazer nos seus netinhos!!! Parabéns Vovôs e Vovós!






Ir. Zuleides Andrade

quinta-feira, março 13, 2008

Emília Ferreiro



Emilia Ferreiro, psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget e, ao contrário de outros grandes pensadores influentes como Piaget, Vygotsky, Montessori, Freire, todos já falecidos, Ferreiro está viva e continua seu trabalho. Nasceu na Argentina em 1937, reside no México, onde trabalha no Departamento de Investigações Educativas (DIE) do Centro de Investigações e Estudos avançados do Instituto Politécnico Nacional do México.
Fez seu doutorado sob a orientação de Piaget – na Universidade de Genebra, no final dos anos 60, dentro da linha de pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, que Piaget chamou de psicolingüística genética. Voltou em 1971, à Universidade de Buenos Aires, onde constituiu um grupo de pesquisa sobre alfabetização do qual faziam parte Ana Teberosky, Alicia Lenzi, Suzana Fernandez, Ana Maria Kaufman e Lílian Tolchinsk.
Em 1977, após o golpe de estado na Argentina foi abrigada a se exilar, e leva na bagagem os dados das entrevistas que ela e sua equipe haviam realizado cuja análise está na origem da psicogênese da língua escrita. Passa a viver na Suíça em condição de exilada e a lecionar na universidade de Genebra, onde inicia uma pesquisa com a ajuda de Margarida Gómez Palacio sobre as dificuldades de aprendizagem das crianças de Monterrey (México). Em 1979, muda-se para o México com o marido – o físico e epistemólogo Rolando García, com quem teve dois filhos. Publica o livro Los sistemas de escritura em el desarrollo del ninõ em co-autoria com Ana Teberosky quem ajudou na análise exaustiva dos dados obtidos em Buenos Aires numa ponte entre Genebra onde se encontrava Ferreirro e Barcelona onde se encontrava Teberosky, pois o duro exílio se estendeu por alguns anos, até mesmo para a maioria das pesquisadoras desse grupo que foram obrigadas a espalhar-se pelo mundo.
Em 1982 publica com Margarida Gómez Palácio o livro Nuevas perspectivas sobre los proceesos de lectura y escritura, fruto de pesquisa com mais de mil crianças em que distingue oito níveis de conceitualização da escrita. Nos anos de 1985, 1986 e 1989 publica obras que reúnem idéias e experiências inovadoras na área de alfabetização realizadas na Argentina, no Brasil, no México e na Venezuela: la alfabetización em proceso; Psicogênese da língua escrita, Los hijos del analfabetismo (propuestas para la alfabetizacíon escolar em América Latina.
Em 1992 recebe o título de doutor Honoris causa da Universidade de Buenos Aires,em 1999, pela Universidade Nacional de Córdoba (Argentina), em 2000 pela Universidade nacional de Rosário (Argentina) em 2003 é novamente homenageada com o título pela universidade de Comahue (Argentina) e Atenas (Grécia).
No Brasil, em 1994, recebe da Assembléia Legislativa da Bahia a medalha "libertador da Humanidade" que anteriormente fora atribuída ao líder sul-africano Nelson Mandela e ao educador brasileiro Paulo Freire. Em 1995 foi novamente homenageada com o título de doutor Honoris causa atribuído pela Universidade estadual do Rio de Janeiro (Uerj). E em 2001 recebe do governo brasileiro a Ordem Nacional do Mérito educativo. Na Universidade de Buenos Aires, a partir de 1974, como docente, iniciou seus trabalhos experimentais, que deram origem aos pressupostos teóricos sobre a Psicogênese do Sistema de Escrita, campo não estudado por seu mestre, que veio a tornar-se um marco na transformação do conceito de aprendizagem da escrita, pela criança.Autora de várias obras, muitas traduzidas e publicadas em português, já esteve algumas vezes no país, participando de congressos e seminários.Falar de alfabetização, sem abordar pelo menos alguns aspectos da obra de Emilia Ferreiro, é praticamente impossível.Ela não criou um método de alfabetização, como ouvimos muitas escolas erroneamente apregoarem, e sim, procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança. Os resultados de suas pesquisas permitem, isso sim, que conhecendo a maneira com que a criança concebe o processo de escrita, as teorias pedagógicas e metodológicas, nos apontem caminhos, a fim os erros mais freqüentes daqueles que alfabetizam possam ser evitados, desmistificando certos mitos vigentes em nossas escolas.
Aqueles que são, ou foram alfabetizadores, com certeza, já se depararam com certos professores que logo ao primeiro mês de aula estão dizendo, a respeito de alguns alunos: não tem prontidão para aprender, tem problemas familiares, é muito fraca da cabeça, não fez uma boa pré-escola, não tem maturidade para aprender e tantos outros comentários assemelhados. Outras vezes, culpam-se os próprios educadores, os métodos ou o material didático. Com seus estudos, Ferreiro desloca a questão para outro campo: " Qual a natureza da relação entre o real e sua representação? " As respostas encontradas a esse questionamento levam, pode-se dizer, a uma revolução conceitual da alfabetização. A escrita da criança não resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal. Emilia Ferreiro percebe que de fato, as crianças reinventam a escrita, no sentido de que inicialmente precisam compreender seu processo de construção e suas normas de produção.
" Ler não é decifrar, escrever não é copiar".
Muito antes de iniciar o processo formal de aprendizagem da leitura/escrita, as crianças constroem hipóteses sobre este objeto de conhecimento.Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberowsky (pedagoga de Barcelona), pesquisadoras reconhecidas internacionalmente por seus trabalhos sobre alfabetização, a grande maioria das crianças, na faixa dos seis anos, faz corretamente a distinção entre texto e desenho, sabendo que o que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam na hipótese de que tanto se pode ler as letras quanto os desenhos. É bastante significativo que estas crianças pertençam às classes sociais mais pobres que por isso acabam tendo um menor contato com material escrito.
O processo de construção da escrita
Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4, ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança ( o número mínimo de grafias ) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções.Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.

Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.
A criança tem a sua frente uma estrada longa, até chegar à leitura e a escrita da maneira que nós, adultos, a concebemos, percebendo que a cada som corresponde uma determinada forma; que há grupos de letras separada por espaços em branco, grupos estes que correspondem a cada uma da palavras escritas.
A Hipótese da Criança e as Cartilhas
Segundo as pesquisas a que vimos nos referindo, para que alguma coisa sirva para ler é preciso que contenha um certo número de letras, variável entre dois e quatro. Letra sozinha não representa nada escrito. De nada servem, também, conjuntos com letras repetidas, pois elas entendem que só podem ser lidas palavras que contenham letras diferentes. Uma explicação para tal, seria que no em seu dia a dia, observam que o comum é encontrar palavras formadas por uma variedade de letras.
Bem, chegamos agora às Cartilhas.
Como ficam os alfabetizadores em relação a esse problema, se a grande maioria das Cartilhas apresentam às crianças logo de início, palavras como:


bebe, baba, boi, aí, ai, eu, oi, vovô?

Em que medida as Cartilhas contribuem para a aquisição do processo de escrita compreendido de acordo com os resultados das pesquisas efetuadas por Ferreiro e outros autores desta linha, principalmente para crianças oriundas das classes mais desfavorecidas, que acabam tendo um menor contado com a produção escrita em seu meio social?
A meu ver as cartilhas mostraram-se e mostram que não são eficientes para a tarefa de ensinar a ler e a escrever a crianças pré-silábicas. Pesquisem, e verifiquem que toda cartilha parte do pressuposto de que a criança já compreende o nosso sistema de escrita. Ou seja, que ela já entende que aquilo que as letras representam é a pauta sonora dos nomes dos objetos , e não o próprio objeto a que se referem. E, os estudos atuais já demonstraram suficientemente que as dificuldades mais importantes do processo de alfabetização situam-se ao nível de compreensão da estrutura do sistema alfabético, enquanto a representação da linguagem.
Elas acabam sendo usadas quando:
As ações educativas, tiverem subjacentes, mesmo que de forma não muito clara, a concepção de que a escrita é um mero código de transcrição da fala.Desse modo, é bastante lógico, que o processo de alfabetização desenvolvido, também se restrinja à aquisição de uma técnica, a qual para seu desenvolvimento dará atenção principalmente:
· aos aspectos gráficos da escrita
· ao desenvolvimento de habilidades que visem garantir a correção da transcrição
· à qualidade do grafismo: controle do traço, distribuição espacial, orientação dos caracteres
· desenvolvimento de tarefas de "prontidão": preenchimento de tracinhos, preenchimento do traçado de letras, cópia do traçado de letra, exercícios de discriminação auditiva e visual.
Neste caso, essa concepção nos leva a uma metodologia voltada para a aquisição da escrita, sem levar em consideração aquilo que a criança já sabe sobre esse objeto, sobre o domínio que tem da língua, utilizando-a com eficiência em situações de comunicação. Portanto a utilização direta das cartilhas nesse contexto estaria de acordo com as concepções que estão dando suporte às ações pedagógicas.
As cartilhas nunca podem ou devem ser usadas ?
Se essa utilização estiver sendo realizada com crianças que já tenham construído a base alfabética do sistema de escrita, não vemos nenhum problema maior para elas, pois, o que irão encontrar não estará em desacordo com suas hipóteses sobre a escrita.

terça-feira, março 11, 2008

Letramento


Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Magda Becker Soares, professora titular da Faculdade de Educação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutora em educação, explica que ao olharmos historicamente para as últimas décadas, poderemos observar
que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado. Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita). O sentido ampliado da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas de leitura e escrita. A entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Além disso, o aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e escrita. Ou seja, para entrar nesse universo do letramento, ele precisa
apropriar-se do hábito de buscar um jornal para ler, de freqüentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a leitura, apropriar-se do sistema de escrita. Afinal, a professora defende que, para a adaptação adequada ao ato de ler e escrever, “é preciso compreender, inserirse, avaliar, apreciar a escrita e a leitura”. O letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.

domingo, março 09, 2008

Dia do Consumidor - 15 de Março

Dia 15 de março é Dia Mundial do Consumidor. Pensando nisso, o Greenpeace e os consumidores de várias cidades vão se unir para exigir que o direito à informação seja respeitado! As empresas precisam dizer se o produto é ou não transgênico. E se for, têm que rotular!

RIO DE JANEIRO
* Sábado, 08 de março, das 9h00 às 12h00
Feira Orgânica e Cultural da Glória
R. Russel, em frente ao número 300
* Domingo, 09 de março, das 9h00 às 12h00
Feira Livre da Glória
Av. Augusto Severo
* Segunda-feira, 10 de março, das 11h00 às 14h00
Largo da Carioca
Centro
* Terça-feira, 11 de março, das 11h00 às 14h00
Cinelândia
* Quinta-feira, 13 de março, das 19h00 às 22h00
Av. Quintino Bocaiúva (rua da orla)
Praia de São Francisco, Niterói
* Sexta-feira, 14 de março, das 19h00 às 22h00
Cobal do Humaitá
Esquina da R. Voluntários da Pátria com R. Marquês (próx. ao Largo dos Leões)
* Sábado, 15 de março, das 9h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00
Supermercado Zona Sul
R. Prudente de Morais, 49 – Ipanema (Praça General Osório)
PORTO ALEGRE

* Domingo, 09 de março, das 9h00 às 12h00
Parque da Redenção
* Quarta-feira, 12 de março, das 12h00 às 14h00
Praça da Alfândega
* Quarta-feira, 12 de março, das 14h00 às 17h00
Palestra com Engenheiro Agronômo Jaque Saldanha
Auditório do Banrisul, Ag. Centro (Praça da Alfândega)
* Sábado, 15 de março, 19h00 às 20h00
Supermercado Zaffari
R. Lima e Silva
* Sábado, 15 de março, 20h00 às 22h00
Bares e restaurantes
R. Lima e Silva
SALVADOR
* Segunda-feira, 10 de março, das 9h30 às 13h00
Campus de Nutrição e restaurante da UFBa
Av. Araújo Pinho, 32 – Canela
* Quarta-feira, 12 de março, das 15h00 às 19h00
Supermercado Hiperideal
R. Rio de Janeiro, s/n loja 514 – Pituba
* Quinta-feira, 13 de março, das 8h00 às 15h00
Comércio e Mercado Modelo
* Sexta-feira, 14 de março, das 11h00 às 15h00
Comércio de Pituba
Av. Manoel Dias da Silva
* Sábado, 15 de março, das 10h00 às 17h00
Em frente ao shopping Iguatemi
Praça Newton Rique
MANAUS
* Domingo, 09 de março, das 5h00 às 13h00
Feira Eduardo Ribeiro
* Segunda-feira, 10 de março, 12h00
Fábrica do PIM
* Sábado, 15 de março, das 16h00 às 19h00
Parque dos Bilhares
Haverá outras atividades durante a semana, mas a programação ainda não está fechada.
SÃO PAULO
* Terça-feira, 11 de março, das 9h00 às 12h00
Feira livre ao lado da PUC
Esquina da R. Ministro Godoy com R. Bartira
* Quarta-feira, 12 de março, das 10h00 às 13h00
Feira livre da Chácara Sto. Antonio e Carrefour da Marginal Pinheiros
R. Alexandre Dumas
* Sexta-feira, 14 de março, das 12h00 às 15h00
Em frente ao prédio da Gazeta
Av. Paulista
* Sábado, 15 de março, a partir das 6h00
Feira orgânica
Parque da Água Branca
ABC
* Sábado, 15 de março, das 9h00 às 17h00
Em frente ao Compre Bem ao lado do Terminal Rodoviário
Ribeirão Pires
* Domingo, 16 de março, das 9h00 às 17h00
Parque Celso Daniel
Santo André
* Segunda, 17 de março, das 17h00 às 19h00
Em frente à fábrica da Santa Edwiges
Ribeirão Pires
CURITIBA
* Sábado, 15 de março, a partir das 9h00
Ato público contra o milho transgênicos, organizado pelo Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do ConsumidorPasseio Público (onde acontece a Feira de Orgânicos)
BRASÍLIA
* Sábado, 15 de março, das 9h00 às 15h00
Parque da CidadePróximo ao quiosque do atleta, ao lado da administraçao do parque.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Mudanças Climáticas podem agravar FOME NO MUNDO

As mudanças climáticas poderão, já nas próximas duas décadas, ter efeitos negativos profundos sobre a agricultura e o sistema de alimentação, com conseqüências graves especialmente para os países mais pobres. É o que aponta artigo publicado na edição da Revista Science.O autor principal do estudo detalhado é David Lobell, do Instituto Woods para o Meio Ambiente, da Universidade de Stanford. No boletim eletrônico da Science , assinam o texto Molly Brown, da Agência Espacial Norte Americana (Nasa), e Christopher Funk, da Universidade da Califórnia."O aumento das temperaturas e o declínio das precipitações nas regiões semi-áridas vão reduzir os rendimentos do milho, trigo, arroz e outras culturas primárias. As mudanças podem ter impacto substancial na segurança alimentar global", destaca a publicação.Eventos naturais como o aquecimento do Oceano Índico e o agravamento do fenômeno El Niño deverão, segundo os autores do estudo, reduzir as temporadas de chuva nas Américas, África e Ásia, onde comunidades já têm sofrido, desde 1990, com o aumento dos preços das commodities (produtos primários negociados em bolsas de mercadorias) e o declínio da área per capita cultivada.Os cientistas garantem já ser possível projetar uma situação de insegurança alimentar consolidada. "Muitos fazendeiros consomem seus próprios produtos e vendem nos mercados locais. Expostos às variações climáticas, produzem menos, a renda diminui e aumentam os custos de manutenção do consumo básico. A fome em larga escala pode acontecer mesmo se houver comida nos mercados, importada de outros lugares", explicam no estudo.Como milhões de pessoas sobrevivem com o que produzem, o estudo sustenta que "provavelmente haverá mais fome" se as mudanças climáticas reduzirem a produção e a população aumentar. Países de pequeno orçamento que tiveram a receita nacional afetada pela seca já enfrentam mais dificuldade de comprar grãos no mercado internacional.Browm e Funk citam o exemplo da Tanzânia, onde o acesso à comida para os pobres foi reduzido em função de recentes aumentos do preço de grãos. E, ressalta a publicação, o país da África Oriental ainda teria que "competir pelo milho" com a produção de etanol e com criadores de suínos nos Estados Unidos.Combinados com a produção reduzida, o aumento dos preços do óleo, a globalização do mercado de grãos, o aumento da demanda por biocombustíveis e o aumento do consumo per capita na Índia e na China foram citados como fatores agravantes. "Estas mudanças podem elevar o custo dos alimentos em 40% ou mais em muitas áreas de insegurança alimentar".

terça-feira, janeiro 29, 2008

sábado, novembro 24, 2007

Árvore de Natal Reciclada De Garrafa Pet

Hoje andando por Copacabana, descobri um senhor que estava vendendo Árvores de Natal recicladas. Achei a idéia dele muito criativa, quem faz é a irmã dele, Francisca Silva, ela aproveitou toda a garrafa e o fundo serviu de base para a árvore. As bolinhas são feitas de pinguinhos de tinta coloridas. Ela colocou até lâmpadas pisca-pisca. É uma boa idéia para se fazer com as crianças estimulando o conceito de reciclagem e diminuir o consumismo.
Quem não tem jeito com artesanato, pode comprar com o seu Francisco (R$20,.00) que vende todos os dias na Rua Barata Ribeiro em frente ao número 449, Copacabana - RJ.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Entenda a diferença entre Intolerância à Lactose e Alergia à Proteína do Leite de Vaca

A alergia às proteínas envolve princípios completamente diferentes da intolerância à lactose. Não existe alergia à lactose, pois, sendo um açúcar, a lactose não apresenta alergenicidade. Diversas proteínas podem causar alergia, incluindo as do leite, do ovo, do trigo e do amendoim, dentre outras. Entretanto as proteínas do leite e as do ovo são as que causam maiores problemas às crianças de pouca idade.
A intolerância à lactose ocorre devido à inabilidade para digerir quantidades significativas do açúcar do leite, a lactose. Esta inabilidade resulta da falta de quantidade suficiente de uma enzima (lactase) no interior das vilosidades do intestino (dobras internas do intestino). Este problema ocorre com cerca de 25% dos brasileiros.
Em ambos os casos o consumo de leite e derivados deve ser monitorado por Nutricionista e/ou Médico, inclusive pode ser suspenso dependendo de cada caso.

domingo, novembro 18, 2007

Os Sete Saberes

RESENHA
MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro.
2º ed. São Paulo: Editora Cortez, 2000. 118 P.

Por: Gilmar Batista

Edgar Morin, em Os Sete Saberes, afirma que a educação depende da união dos saberes, pois o que existe hoje é a total fragmentação, divisão, onde encontramos duas linhas de educação: de um lado a escola, dividida em partes, de outro lado à vida, onde os problemas são cada vez mais multidisciplinares, globais e planetários. Afirma ainda que a insuficiência do conhecimento e informações decorre da educação recebida, ou seja, da falta de complexidade na educação. Não podemos dividir a educação do ser humano, porque o ser humano não é divisível.
Alguns de seus Sete Saberes fala que compreensão do mundo parte do principio de que ele é indivisível e, não podemos então dividi-lo em partes para estudá-lo.
O autor pensa que na educação do futuro devemos concentrar o ensino na condição humana, onde quer que ele se encontre. A importância da educação voltada para a condição humana é primordial, porque está concepção nos mostra como o ser como animal e como humano pertence a um conjunto de ação-reação ora encontrada no mundo.
Morin concebe a educação como um fenômeno social e universal, sendo uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de todas as sociedades. Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliar no desenvolvimento de suas capacidades físicas e espirituais, prepará-lo para a participação ativa e transformadora na várias instâncias da vida social. Não há sociedade sem educação, nem educação sem sociedade. A educação não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais, cientificas, morais e adaptativas que os tornam aptos a atuar no meio social, mundial e planetário.
Ele imagina que a educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter relações que convergem para a formação de traços de personalidade social e do caráter, implicando uma concepção de mundo, ideais, valores, modos de agir, que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações e desafios da vida prática.
O autor acredita que a educação acontece nas mais variadas esferas da vida do ser humano desde o seu nascimento passando pelas incertezas, destruições, desenvolvimento, e verdadeiras metamorfoses das evoluções desorganizadas até sua morte. A terra vive uma situação de total transformação, seja ela física, (natureza e a transformação causada pelo homem) e também a transformação dos próprios sistemas criados pelo homem, (Usinas, telecomunicações), e porque não dizer da situação do próprio ser humano, toda sua existência, por isso devemos lembrar que a educação passa pela compreensão de todos estes sentidos, e também pelos sentidos da natureza do homem como ser social, (espírito, alma, intelectualidade). Porem existem obstáculos para a compreensão completa do ser humano, para a sua total conscientização desde mesmo ser para com os demais e também com o universo. Pensa também que para concepção completa do gênero humano, os indivíduos terão que passar por uma total integração de indivíduo / sociedade / espécie, etapas estas que são inseparáveis, porque é termos que se completam um com o outro não tendo fim, pois o fim de um é ao mesmo tempo meio e fim de outro. Portanto um individuo para ter a compreensão total, e por conseqüência a educação tão desejada, tem que passar e conviver com a democracia, igualdade, e ter o completo domínio do sentido abrangente do ser como cidadão do mundo, tratando-o como se fosse seu, sem distinção de raça ou de qualquer outro preconceito.
O livro e destinado a estudiosos, professores e alunos dos cursos de graduação, pois sua leitura é bastante complexa, e não seria de fácil entendimento à outras pessoas que não estão ligadas a área da educação.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Primavera


Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

sexta-feira, setembro 21, 2007

DIA DA ÁRVORE

DIA DA ÁRVORE
21 de Setembro

Árvore é sinônimo de vida. Uma árvore, por si só, pode nos trazer muitos benefícios. Desde a sombra aconchegante, até a folha de papel. As florestas plantadas (reflorestamentos) pelo homem devolvem a ele serviços e bens. Mas o equilíbrio tem que ser mantido com a preservação das matas nativas e a proteção dos mananciais, onde a flora e a fauna encontram ambientes diversificados. Sob o aspecto econômico, valiosos produtos obtemos da árvore: madeira para as construções e o mobiliário, celulose para o papel, carvão para as caldeiras, substâncias medicinais, óleos, resinas, gomas, essências, mel, frutos, flores e muitos outros. Sob o aspecto ecológico, dela recebemos incontáveis benefícios: a proteção dos solos, rios, nascentes; a preservação da vida silvestre; a manutenção da qualidade de vida, e muito mais.
Por tudo isso, é da maior importância a conscientização e a contribuição de cada um de nós, plantando uma árvore e cuidando para que se desenvolva.


Fonte: Embrapa

segunda-feira, setembro 10, 2007

ºº C a T i V a R ºº


(...) E foi então que apareceu a raposa:- Bom dia - disse a raposa.- Bom dia - respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...- Quem és tu? - perguntou o principezinho.- Tu és bem bonita.- Sou uma raposa - disse a raposa.- Vem brincar comigo - propôs o príncipe - estou tão triste...- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa.- Não me cativaram ainda.- Ah! Desculpa - disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:- O que quer dizer cativar?- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?- Procuro amigos - disse. - Que quer dizer cativar?- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa.- Significa criar laços...- Criar laços?- Exatamente. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...Mas a raposa voltou a sua idéia:- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora como música. E depois, olha!Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:- Por favor, cativa-me! - disse ela.- Bem quisera - disse o príncipe - mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.- Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!- Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa.- Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam.
Tu porém, terás estrelas como ninguém...Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido.Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá).Terás vontade de rir comigo. abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto...e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!





"O Pequeno Príncipe" de Saint-Exupéry