Para quem não a conhece , ela surgiu em 29 de setembro de 1964, na argentina e encantou o mundo e permanece até hoje como símbolo de contestação e liberdade.
Mafalda, uma garota de seis anos, que surge para colocar o mundo de ponta-cabeça. Ela aparece para desconstruir as visões conservadoras sobre a política, moral, econômica, cultural. O criador da menina é o quadrinista argentino Joaquín Salvador Lavado, popularmente conhecido como Quino. Mafalda odeia a injustiça, a guerra, as armas nucleares, o racismo, as absurdas convenções dos adultos e, obviamente, a sopa, como mostram algumas de suas tiras. Seus amores também ilustram o espírito da época: os direitos humanos, a democracia e os Beatles. Ela é uma menina que recoloca questões crucias, numa linguagem radical, de tão simples e aparentemente ingênua; é uma criança que se espanta diante do mundo, não aceita as “normalidades e obviedades” da realidade cotidiana. Seus comentários são sempre ácidos e vão de encontro aos ideais da sociedade de consumo. Quino consegue criar em suas tiras perguntas de um fôlego inédito, um frescor para o humor político e engajado. Através de seu alter-ego Mafalda, ele faz comentários entrecortados de ironia, acidez e sutileza.
Depois de tanto tempo, hoje li no que em Buenos Aires,ganhará no próximo domingo (30) uma escultura da personagem Mafalda, feita pelo artista plástico Pablo Irrgang. A obra é uma homenagem a Joaquín Salvador Lavado, o Quino, o criador da tirinha. A peça, que mede 80 centímetros de altura, será instalada em frente ao prédio onde o quadrinista morou, no bairro de San Telmo.
(Foto: AFP)